Salve gurizada do nono Ano, como vocês estão meus digiescolhido..... no conteúdo dessa semana vamos voltar um pouco no tempo sem a ajuda do Dr. Brown, e vamos ver como foram as relações entre África e Europa, nós já trabalhamos isso ano passado mas vamos dar uma aprofundada, lembrando que esse é o último assunto da Europa
Calma ai ..... vocês não sabem que é dr. Brown??
O estudo das relações entre a Europa e a África mostra que o ponto de vista europeu prevaleceu sempre sobre o africano. Na verdade, durante o período colonial, esta relação nunca foi entre iguais e, no presente, a situação não é muito diferente.
Até hoje existem novos mitos e formas estereotipadas, nomeadamente, a ideia de considerar a África como um vazio político, palco de selvajaria sangrenta e gratuita, de ignorância e de miséria. Assim, o imaginário europeu sobre a África e os africanos foi sendo povoado de formas redutoras.
Então, os europeus desconheciam – será que não desconhecem ainda? – que em África, antes da sua chegada, já tinham existido reinos como o do Gana, cujo apogeu aconteceu no século X, o reino de Daomé, o império do Mali, que atingiu o auge no século XIV, e o império do Songhai de Gao, cujo esplendor se deu no século XV, século da chegada dos europeus a África.Importante lembrar que não foram os europeus que levaram a escravatura para África, pois essa prática era usual no continente entre tribos rivais e até dentro da mesma tribo. Importa, no entanto, referir que os europeus incentivaram a escravatura e procederam eles mesmos à captura de escravos segundo a técnica do filhamento.
Retomando o fio à meada, ou seja, às relações entre os africanos e os europeus, parece oportuno referir que a chegada destes últimos à África subsariana não foi vista sempre da mesma forma. Na verdade, os europeus tanto eram vistos como deuses ou criaturas com poderes sobrenaturais, como eram objeto de repulsa porque a sua pele branca levava os negros a identificá-los como leprosos.
Aliás, no caso da colonização portuguesa, segundo o relatório de Pinto de Magalhães de 1842, os portugueses que iam para África eram assassinos, ladrões e vadios, razão pela qual as colónias de África eram vistas como colónias de escravos e penais ou de degredo. Dito de outra forma, as colónias estavam longe de constituir zonas atrativas para o povoamento branco, atendendo a que, até meados do século XIX, os brancos que viviam em África tinham, em média, uma esperança de vida dez anos mais baixa do que na Europa.
A descoberta da máquina a vapor e a subsequente industrialização encarregar-se-iam de alterar completamente este quadro relacional. De fato, as metrópoles europeias, sobretudo as mais industrializadas, sentiram necessidade de matérias-primas para as suas indústrias e, nessa conjuntura, o continente africano surgiu como fonte privilegiada para o fornecimento gratuito dessas matérias.
Assim, a África integrou-se, melhor, foi integrada, na economia mundo como fornecedora das matérias-primas necessárias para fazer florescer as indústrias metropolitanas ou europeias. Ora, essa integração exigiu um conhecimento mais profundo das riquezas africanas e foi em nome desse inventário que a Europa se decidiu por uma partilha de África que não teve em conta a identidade dos povos e etnias africanos.
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